sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Sensacionalismo a mais na SIC


Das televisões em sinal aberto é a que mais aprecio, a SIC. Porém, tenho reparado no crescente sensacionalismo que vem pautando esta estação. Ele é "Momento da Verdade", ele é "Autocarro 174", ele é "O Mundo É Pequeno"... No "Momento da Verdade", com Teresa Guilherme, parece-me que existem dois objectivos por parte dos participantes: desgraçarem as suas próprias vidas e ganharem algum dinheiro à custa disso. À SIC cabe o papel de esmioçar a infelicidade alheia porque, não contente com as perguntas incisivas apoiadas pelo polígrafo, ainda aparece mais tarde a nova "dama-de-ferro" da estação (Rita Ferro Rodrigues) a encabeçar um "Momento da Verdade" II. Normalmente acontece no dia seguinte e Rita volta a questionar o normalmente casal desfeito sobre o porque sim e porque não de tanta mentira. No documentário "Autocarro 174" relembrou-se o sequestro de um autocarro em 2000 no Brasil, que terminou com a morte de uma refém. A SIC como que a lembrar: "atenção, que o crime e a violência estão aí, e vêm directamente importados do Brasil!". A última referência que faço (só porque não me ocorre mais nenhuma) é o jargão do "horror" e da "tragédia" de Artur Albarran em "O Mundo É Pequeno". Este formato já é mais lato, não se socorre apenas das notícias negativas mas também se apoia num crime aqui e num assassinato ali para recordar ao espectador que "o pecado [afinal] mora ao lado".

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