quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Eternos rivais



Há extremos que pura e simplesmente nunca se tocarão. Tal como Deus e o diabo - personificação do bem e do mal para os mais cépticos - há pessoas e entidades que não conseguem entender-se. O esforço para que isso aconteça também não é suficiente, diga-se.

Falo, por exemplo, dos sindicatos de professores e do Ministério da Educação. Desde que iniciei a minha vida profissional, e me mantive mais atenta a estas coisas da vida social, que vejo repetidamente os professores descontentes e em "guerra" aberta com os responsáveis políticos pela Educação em Portugal. O rosto principal dessa rivalidade, para mim, é Mário Nogueira, antigo presidente do Sindicato de Professores da Região Centro e agora dirigente máximo da FENPRFOF. Já agora, acho que este senhor ainda vai chegar a líder do PCP daqui a longos anos. Veremos.

Outra moeda com duas faces é composta pela Ordem dos Médicos e pela Associação Nacional de Farmácias. Andam constantemente às turras e, neste caso, não por motivos corporativistas. Também não sei a razão mais profunda. Talvez porque os farmacêuticos sentem uma certa tentação em se substituir aos médicos...? Ou então porque poucos médicos conseguem sentir simpatia pela figura do João Cordeiro... Bom, em abono da verdade, o homem deixa a desejar do ponto de físico mas nem todos podemos ser telegénicos nesta era dos media.

Mais um exemplo de eterna rivalidade no nosso país: PS e PSD. Ou então governos e oposição. Nunca concordam com nada do que os outros fazem ou defendem mas o que é certo é que quando estão no poder ocorrem as semelhanças: pouco ou nada de útil empreendem.

Por último, quero mencionar Alberto João Jardim e a sua luta infinita contra o "contnente". Não posso dizer que este desamor seja recíproco, muito embora grande parte dos "contnentais" abomine a figura do madeirense principalmente, digo eu, pelo autoritarismo que representa e com que age.