sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A montanha pariu um rato


Venho falar da comunicação inédita feita ontem, 5ª feira, ao país por Cavaco Silva, em horário nobre nas televisões portuguesas. Tanto alarido para falar do "não sei das quantas" dos Açores??!? Não me parece.
Segundo algumas fontes do PSD, o Presidente da República (PR) está com uma doença grave e era isso mesmo que pretendia anunciar ontem ao país, bem como a eventual renúncia ao cargo. Mas, à última da hora, os assesores lá conseguiram convencer Cavaco Silva a não avançar para já com a revelação e com esta decisão tão drástica. Se é verdade que o PR tenha uma doença grave, não posso afirmar. Mas que esta história da comunicação oficial foi estranha, lá isso foi... Senão vejamos: uma comunicação inédita, interrompendo as férias do próprio Cavaco Silva; para falar do estatuto político-administrativo dos Açores (matéria densa e desinteressante - digo eu); uso de uma linguagem que 50% dos portugueses não entendeu (sendo que outros 30% deixaram de ouvir a partir dos primeiros 20 segundos da comunicação).
De facto, como corroborou o comentador Mário Bettencourt Resendes, a montanha pariu um rato. Parece-me que este assunto dos Açores foi conseguido "à pressão", depois de tanta expectativa criada à volta da comunicação.

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